SINOPSE:
Os últimos vinte anos corresponderam a um aumento exponencial da produção científica em Portugal. Essa realidade só o é à custa de quem, sem voz dentro das Universidades, produz Ciência mas não é reconhecido como tal. Os reitores comemoram os resultados científicos mas não contratam investigadores. Os investigadores produzem ciência mas mantêm-se invisíveis aos olhos dos seus dirigentes máximos.
Nos últimos quatro anos, a situação alterou-se. Pela primeira vez em anos a fio de precariedade científica e desinvestimento no ensino superior, o debate ultrapassou as fronteiras da Academia. Uma vitória já é garantida: a consciência de uma classe subalternizada fez brotar uma onda de revolta que nenhum reitor esperava tão destemida. Como se escrevia nas paredes do Maio de ‘68 em Paris, “Nada será como antes”. O poder no seio da Academia está, de novo, em discussão.
Subterrâneos da Precariedade é um retrato da Academia portuguesa no século XXI: por um lado, a precariedade, a mercantilização do conhecimento e a empresarialização da gestão académica; por outro lado, o brotar dos seus subterrâneos.
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